jadepunk


Preview do Jadepunk

Capa-v1.0-webJadepunk: Contos da Cidade de Kausao - Logo

 

Você joga RPG e ainda tá na dúvida se pega o Jadepunk ou não? Então liberamos exclusivamente um preview com vários trechos do livro para você sair logo de cima do muro e se juntar à causa da Jianghu. Venha conhecer, desfrutar e se surpreender com a exuberância de Kausao. Seja você um imponente oficial do governo trabalhando secretamente para depôr o corrupto Conselho dos Nove; seja um violento e temerário pistoleiro com seus revólveres de jade vermelho; ou seja apenas um pobre trabalhador das minas que, à noite se torna no mais experiente mestre das artes marciais, Kausao e a Jianghu tem um lugar ao sol para todos. O Governador não pode vencer esta guerra!

Junte-se à nós, venha lutar pela honra, venha jogar Jadepunk!

Baseado no premiadíssimo sistema Fate, Jadepunk é um jogo de RPG completo e não requer mais nada além de papel, dados comuns e alguns amigos.

Para baixar o preview, CLIQUE AQUI (ou na imagem da capa ao lado)

E para comprar o livro, basta ir em nossa loja:


Pré-venda do Jadepunk liberada!

A rebelião contra o tirânico Governador e seu corrupto Conselho dos Nove começou! A Jianghu, uma sociedade informal de guerreiros e engenheiros de jadetecnologia, se ergueu contra o governo em um conflito aberto para tentar melhorar as condições do povo e liberar a Cidade de Kausao das mãos de seus oficiais malignos.

A que lado você irá se juntar?

Lidere sua própria rebelião em um jogo baseado no premiado sistema Fate, ambientado no universo de Jadepunk. Usando da mais poderosa jadetecnologia e técnicas de artes marciais, proteja os cidadãos do Governador e seu corrupto Conselho dos Nove.

Jadepunk - Capa v0.1


 

Bônus da Pré-Venda

PDF da aventura “Nem Tudo Que Reluz É Jade“, criada por Igor Moreno, autor do Space Dragon, liberada quando o lívro físico for enviado.


Fuga, um pergaminho Jadepunk

Por Benjamin Feehan

Shen colocou um pouco do sombrio fluido verde nos enferrujados copos de lata. As mãos calejadas que seguravam cada copo eram brutas, dedos imundos com sujeira debaixo das unhas serrilhadas. Algumas tinham até dedos inteiros faltando, a sentença de um gangster Kaiyumês ou uma sangrenta oferenda às engrenagens de alguma máquina em uma mina nas profundezas por aí. À sua esquerda, um marinheiro aerês, ainda tentando aplacar a dor das queimaduras que os guardas usaram para remover sua tatuagem de jade vermelho. Shen duvidou que algum dia os dedos do homem voltariam a ser o que eram. Não que alguem conseguisse voltar a ser o mesmo depois de uma “visita” ao Campo de Trabalho da Montanha Diyu.

Suas próprias mãos estavam até que relativamente limpas perto às destes homens amargurados pela vida. Shen era magricelo e usava óculos, e, zombando, o capataz logo enviou o pequeno Túyangano para o serviço de latrina: “Eu preciso de homens com fibra. Ninguem tem tempo pra ler na minha montanha. Pena que você não cresceu em uma fazenda.”

Fétido assim, Shen não poderia ter escolhido um trabalho mais apropriado pro que planejara. Inspeções surpresa e a vigilante Capitã Jora garantiam que tudo que vagamente lembrasse contrabando era muito bem distribuido entre os guardas. No entanto, ninguem se dava ao trabalho de checar as cabanas fedorentas de madeira no final do acampamento, onde ele passava seus dias, selha em punho.

Levaram três meses, mas os homens finalmente conseguiram um bule adequado. Se passou outro mês até que o mãos-leves do Alistair conseguisse roubar a garrafa de whiskey Kinardbaliano do sargento noturno. E então as ervas, que foram adquiridas pelo próprio Shen. Pé-de-cabrito era comum nas montanhas, mas as ervas de chá amarelo só cresciam perto de água limpa na primavera. Convencer o Cabo Kai que alguns punhados bem preparados iriam salvar seu casamento resolveram o problema. Depois disso, foi só questão de conseguir o pálido pó verde que os homens às vezes achavam em escavações mais rasas. Um punhado aqui, um aperto de mão ali, e Shen chegou até a achar um pouco enrolado em uma folha debaixo de seu cobertor, em uma certa noite.

Sacrificando sua única meia para guardar o pó, ele combinou os ingredientes sobre uma pequena chama. Esses meses de espera lhe deram o tempo preciso para construir um sistema rudimentar de câmaras e válvulas abaixo das latrinas, com as quais ele filtrava o fedor do gás inflamável produzido por anos de esgoto apodrecendo. Ele cuidou da chama por sete dias, mantendo o pó, o whiskey e as ervas o mais perto da ebulição possível, e no oitavo dia, estava pronto.

Shen mexeu o líquido em seu copo. “Lembre-se, isto não vai durar muito tempo. Assim que sentirem o efeito começar, façam.”

O marinheiro estremeceu quando cheirou o conteúde de sua caneca. “É bom que isso funcione.”

Veio então um coro de engasgos e falta de ar conforme eles iam se forçando a beber. Então, na escuridão da senzala, eles esperaram. Um minuto depois, o tamborilar começou. Em algum ponto no fundo de seu crânio, Shen a sentiu chegando. Era viva e primordial, como o aroma dos campos de arroz de seu pai, na primavera. Ele conseguia senti-la percorrer espinha abaixo, lenta e forte como o antigo carvalho no templo da vila, sua raízes levantando as placas de granito do pátio.

Um palito de fósforo se acendeu e Shen conseguiu virar apenas à tempo de ver os olhos negros de um mercador naramélico brilhar e tornarem-se verdes vivo. Houve um estalo quando alguem, literalmente, atravessou o chão com o pé, e à seu lado, o marinheiro gritou: “Agora sim…”

Movendo-se como um gato selvagem, Alistair foi o primeiro a sair. Uma guarda com uma lanterna piscou e morreu conforme o marinheiro enfiava o punho através de seu peitoral. Shen fez a curva e seguiu pelo caminho mais curto para os aposentos do capataz e arsenal do campo. O efeito só duraria até lá, e na metade do caminho, um guarda puxou o revólver. Sempre houve uma política de atirar primeiro na Montanha Diyu. Shen tomou quatro balas e só teve tempo de vê-las ricocheteando em seu peito como pedras ricocheteiam em um tronco de árvore. Ele deu um golpe certeiro no pescoço, agora quebrado, do homem. Um momento depois ele derrubou, à chutes, a porta reforçada com ferro do posto de comando.

Fuga

O capataz estava em seus trajes noturnos, mas seu longo e curvado sabre de comandante já estava em punho e foi de encontro ao antebraço de Shen com um tinido. Ele colocou as duas mãos na lâmina e a torceu, fazendo com que o aço se rendesse com um gemido e um segundo depois, o capataz foi jogado por sob sua mesa como se tivesse sido chutado com a força de um qixiniu raivoso. Ele gemeu. “O que é isso? O que você está fazendo?”

Shen catou o molho de chaves do capataz de cima da mesa. “Jade verde, seu imbecil. Pena você não ter crescido em uma fazenda.”


Jadepunk: Contos da Cidade de Kausao em breve…

Há uma rebelião em andamento. Alguns indivíduos se ergueram contra seus governantes malignos para melhorar as condições do povo e liberar a Cidade de Kausao. A que lado você irá se juntar?

facebook_ad

No mundo de Jadepunk, os jogadores representam alguns desses individuos, prontos a acabar com um governo corrupto e que só faz pisar na massa. Monopolizando todos os recursos mais básicos como água, comida, e até mesmo abrigo, para saciar suas vontades.

espada de jade verde

Através do Jade, um recurso natural que quando refinado adquire propriedades místicas, uma nova era de prosperidade tecnológica chegou não só à região de Kausao, como a todas às quatro Grandes Nações. O problema é que este avanço só chegou para os mais abastados… os pobres continuam cada vez mais pobres, e sem forças para lutar.

kausao